Refrigerantes continuam sendo comercializados no Brasil com a presença do benzeno – uma substância comprovadamente cancerígena. Mesmo após o alerta feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), nenhuma atitude foi adotada nem pelos órgãos competentes, nem pelas empresas que vendem os refrigerantes.
No início de maio, sete marcas foram submetidas a testes, que revelaram conter benzeno em suas fórmulas. São elas: Fanta laranja, Fanta laranja light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet.
Segundo a coordenadora institucional da Pro Teste, a advogada Maria Inês Dolci, é preciso fazer alguma coisa.
“O uso contínuo dessa substância é um potencial grande para desenvolver um câncer. Sabemos que muitos, milhares, de brasileiros consomem refrigerantes de forma contínua no dia-a-dia. Portanto, o que se quer afastar é qualquer risco.”
Como é prejudicial para a saúde, existe um limite oficial para o uso do benzeno, mas apenas na água. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo controle e fiscalização dos produtos que envolvam risco à saúde pública, afirmou, em nota, que não há risco a ponto de estabelecer limites para o benzeno em refrigerantes, como os estabelecidos para a água.
Responsável por registrar os produtos, o Ministério da Agricultura informou, quando foi divulgado o estudo da Pro Teste, que tomaria providências sobre o assunto. Mas, até o momento, não anunciou nenhuma nova medida.
A Pro Teste aconselhou que seja proibida a presença de benzeno nas bebidas.
De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.
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